segunda-feira, 27 de agosto de 2007

Vários assuntos...
Tenho tanta coisa para contar e muito pouco tempo, mas vou dividir os assuntos em vários posts . Então hoje, vou publicar várias vezes ao dia, quero colocar fotos e vídeos.



Sobre o post anterior

Eu e o Ricardo não paramos um minuto de conversar sobre o assunto, era só nos encontrarmos e disparávamos a pensar, discutir e trocar sobre o que deveríamos fazer, nós sempre fomos assim, tudo que envolve nossa vida é muito dividido, conversamos muito e todas as decisões são conjuntas. Pensamos em colocar câmeras em casa, o Ri foi atrás do pessoal, mas esbarramos em a onde colocá-las, eu detesto caixas ou qualquer tipo de coisa em cima dos móveis, então lá em casa os guarda-roupas não tem nada em cima e desistimos. Compramos então um gravador e resolvemos algumas coisas.

Conversamos, levantamos dados, trocamos informações com outros pais, avaliamos melhor o comportamento da F. e chegamos a conclusão (meu coração está mais calmo, mais confiante) que estamos exagerando um pouco, talves tenhamos ficado assustados com o caso do coleguinha da escola. Existe sim, uma preocupação por parte da babá com relação a limpeza da casa, pois ela não é apenas babá e sim empregada doméstica. Ela é muito perfeccionista, mas é afetuosa, honesta, pontual, prestativa, cumpridora do seu dever e um pouco teimosa, diga-se de passagem. Quanto não ser confiável, o que supostamente levei muita gente a pensar, quando relatei o fato dela fantasiar ou dar duas versões para a mesma história, vou explicar melhor.
Eu vivo muito isso no meu trabalho e tecnicamente chamamos este comportamento de estratégia de sobrevivência . A pessoa fala mais ou menos o que o outro precisa ou quer ouvir, como um meio de proteção. É sabido que neste país, a mulher é descriminada, o negro é discriminado, a pessoa pobre é discriminada. Imagina a F. reunindo todos estes predicativos, muher, negra e pobre, não dá para imaginar que ela pense e viva exatamente como a mulher da classe média. Certa vez, ela me disse que não levaria minha faca para amolar, porque tinha medo de ser parada pela polícia e ser presa por estar portando uma arma branca. Ouvi aquilo e fiquei perplexa, jamais teria este medo, o pior é que ela tinha razão.
Conversamos muito com a coordenadora pedagógica da escola, com uma amiga psicóloga, com a professora da Melissa, que inclusive afirmou e reafirmou que a Melissa continua carinhosa e está em uma fase de dar muitos beijos e abraços, reli alguns livros sobre violência doméstica, conversei muito com uma amiga assistente social da Vara da Infância que lida diariamente com essa questão e ela me deu alguns indicativos para observar no comportamento da Meme (medo excessivo quando alguém falar alto, agressividade na maior parte do tempo e não em poucos momentos e vários outros que não correspondem ao que a Melissa vem fazendo). Sugeriu que eu brinque com ela com fantoches, fazendo o papel de Melissa e ela o da babá, parar de falar no assunto porque isso levaria a Melissa a reforçar esse comportamento agressivo.
Também tomamos outras decisões, hoje conversaremos eu e o Ricardo com a F., sobre a importância dela dar mais atenção à Melissa do que para a casa. Tentaremos uma conversa bem amena, sem críticas, apenas deixando claro que a nossa preocupação é com os cuidados com a pequena, tudo na casa pode esperar.
Passaremos a Melissa para a caminha, assim evitaremos que ela fique dentro do berço enquanto a babá está fazendo o serviço da casa, pois eu vi isto na sexta feira quando cheguei em casa sem avisar. Compramos um cachorrinho que a Melissa deu o nome de PANQUINHO para assim obrigar a babá a ficar mais com a Melissa no quintal e tirar um pouco a atenção dela da casa e também porque um animal de estimação tem mil e um aspectos positivos na vida de uma criança.
E vamos parar de ênfase a esse comportamento da Melissa, que no fundo só está reforçando para que continue. Acho que nesta ânsia de protegê-la, de entender o que acontece, de temer estar pecando por negligência ou excesso de confiança, valorizamos demais os fatos e ao invés de ajudar, podemos atrapalhar. Continuamos atentos sempre, confiando e desconfiando, com um olho no gato e outro no peixe, mas enfim MENOS AFLITOS.

Por Mamãe Fabiana às 05:42 | | 1 Aqui também pode!

1 Comentários:

Complicada essa história de babá viu, também complicado deixar na escolinha e confiar plenamente, também complicado deixar com uma avó super, hiper, mega protetora (caso do Pedro Luis). Pq. todas essas situações envolvem coisas para nos preocupar, não tem jeito, no nosso caso temos que viver tirando algumas manias que minha sogra coloca de fazer todas as vontade do PL. Fora que temos que viver conversando, negociando e explicando as coisas que queremos e não queremos pra ele. Mas como saber se ela faz tudo do jeito que indicamos durante o dia? Não tem jeito, de qualquer maneira iríamos ter preocupações, com ele na sogra, na escolinha ou com a babá. O importante é que vcs já estão tomando providencias e conversando sobre o assunto. Vai dar tudo certo viu. Beijos

By Blogger Flores em você, at 27 de agosto de 2007 às 11:40  

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