quarta-feira, 24 de junho de 2009

Data: 24/06/09

Mamae olha bem pra mim....

Eu tenho cara de cinco anos ou de quatro anos?

Hum... deixa eu pensar.

Olha bem mamãe

De quatro anos

Ahhh e o meu tamanho é de cinco anos ou de quatro anos?

Pera lá, vou medir, apalpa aqui, apalpa ali de quatro anos também

E se eu dormir mais um pouquinho?

Por Mamãe Fabiana às 11:35 | | 0 Aqui também pode!


segunda-feira, 22 de junho de 2009

Final de semana

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Por Mamãe Fabiana às 16:21 | | 1 Aqui também pode!

Data: 22/06/09


Mamãe porque o mundo gira?

Ah.. meu amor, sabe pra quê, pra gente mudar de idéia.

Estamos ótimos, tivemos um final de semana muito gostoso em família.

Por Mamãe Fabiana às 13:54 | | 1 Aqui também pode!


sexta-feira, 19 de junho de 2009

Data: 18/06/09

A beira da loucura

Definitivamente a medida que Nina cresce as coisas tem se complicado por aqui.
Chego a pensar que tenho vivido uma das fases mais cansativas desde que ela nasceu. Ando cansada mesmo, corpo doendo, sentido tontura, mau-humorada, irritada por qualquer coisa.
Olho no espelho e vejo quase um trapo, magra demais, olhos no fundo, olheiras tenebrosas, semblante cansado, rugas...ai as minhas rugas, to cheia de linhas de expressão.
Esta semana minha mãe veio me salvar, ficou com as meninas para eu ir ao dermatologista, fui... quem dise que eu comprei os cremes?Não tive tempo.
Eu não tenho tempo pra nada, de uma hora pra outra, tudo virou urgente:
- Faculdade resolveu mudar o projeto pedagógico pra ontem
- Final de semestre uma loucura, provas, notas, exames, alunos histéricos por causa de nota
Meu mestrado que deveria ser a prioridade, foi jogado para as madrugadas, mas ainda, tem encarado uma disputa acirrada, ora são as cobertas e uma cama quentinha que ganham ou são os gritos da Nina, reivindicando sem dó nem piedade meu peito.
Isto tem sido um problemão, ela quer mamar o tempo todo, de dia, de noite e de madrugada.
Ela tem chorado e gritado por tudo, os gritos dque ela dá tem me deixado desnorteada. Eu sei que ela segue seus instintos e é a única coisa que ela pode fazer, mas é duro. Quando não está no peito, está no colo, ela não senta sozinha ainda, não se esforça pra pegar os brinquedos que caem da sua mão, é uma mandona, chorona e sinceramente eu não aguento choro de bebê, me da nos nervos, alias me deixa tonta, cruzes é de endoidecer, meu marido fala: larga chorando. tá bom quem guenta..
Lavo louca com ela gritando, faço almoço com ela chorando e quase perdendo o fôlego, só dá sossego quando dorme. E ai, é outro problema, porque Mel adora cantar, gritar, pular pela casa, brincar e o seu quarto é porta com porta com o da Nina, então brigo com ela, peço pelo amor de Deus para que ela fique quieta, ameaço e às vezes bato.
O pior horário é das 11:00 as 13:30, Nina tem sono, porque tenho que acordá-la pra poder buscar a Mel na escola, então ela fica ranheta. Mel chega da escola com a corda toda, tenho que fazer o almoço para as duas e almoçar também, deixar a louça lavada e estudar.
Vou relatar o dia de hoje
Nina grita e chora muito, afinal dorme no peito, mas se eu der logo depois da papinha como ela quer, inibe a absorção do ferro, foi o pediatra que proibiu, tenho que esperar até as 13:00, mas ela grita e Mel quer que eu brinque com ela. A comida queima, a casa ta suja ainda, tem cadernos e apostilas na mesa da cozinha, tem outras na sala, não deu tempo de tirar, tem pó pela casa e pano de chão no rodo e balde parado no meio do corredor, tem lixo pra tirar, meu marido me liga pra me perguntar se esta tudo bem? Ele sempre inventa de me ligar neste horário imaginem o que ele já escutou. , "tem que buscar frutinha, me liga depois, to ficando louca, Meliiiiiiissa não pega isso, deixa sua irmã quieta, me liga depois".
Nina grita, Mel me chama pra brincar, preciso fazer o suco, penso mil vezes, precisamos comer salada, ah mas deixa pra lá faço outro dia.
Dou papinha pra Nina, Mel brinca sozinha no quarto, ufa 10 minutos de paz. Vou terminar o almoço, Nina grita na cadeirinha pego no colo faço o arroz com ela no colo, xiii agora é fritura, ponho Nina no cadeirão, Nina chora e grita muito quase sem fôlego, ontem esqueci de prendê-la ela quase caiu, peguei ela já embaixo, meu coração disparou, minha pernas ficaram mole, enquanto eu olhava uma receita de carne, destesto fazer carne, só sei fazer comida com receita.
Mel me chama a cada 5 minutos, mamãe olha isso, mamãe pega aquilo, mamãe fiz cocô me liiimmmpa? mamãe a senhora não ta me ouvindo, insiste em tudo o que tiver fazendo, "quero um docinho - antes do almoço - quero um docinho, quero um docinho, quero um docinho- tá toma o docinho, cinco minutos depois, quero maiiiiis, fala isso umas 30 vezes, perco a paciencia, porque isso acontece todos os dias e sinceramente neste stress brigo com ela, tem dia que grito horrores, tem dia que nem grito bato direto.
Passa um tempinho ela volta pra cozinha e começa "mamae eu te amo" " te amo mamae", eu te amo mamae, mais umas 50 vezes, fala isso o dia inteirinho, e sinceramente... pode ser pecado, pode ser falta de compaixão, pode ser o escambau, no fundo tenho até medo de ser castigada, mas ando de saco cheio de ouvir isso, toda hora vem com esse eu te amo, eu te amo, ai que porre.
E ó, vou perder só um tempinho, pra explicar que "sou looouca por ela, morro por elas, vivo por elas também, mas mãe enche o saco sim".
13:30 meu marido chega pra almoçar, tudo está calmo, Nina dorme, já lavei a louça, já terminei tudo da casa, já brinquei uns 40 minutos com a Mel, já aguamos nossa horta, já tomamos solzinho e visitamos o jardim de girassóis que estão nascendo, já checamos os pezinhos de tomatinhos que estão lindos, falamos oi para o pé de acerola, demos tchau para os pés de alface, conversamos com a salsinha e com o hortelã, Melzinha e Ninóca já balançaram bastante no balanço, já nos escondemos das fadinhas que vivem em nossa Azaléia, já brincamos com a Livi a cachorra sem vergonha.
Sento no computador, marido me vê no MSN , conclui que passo minhas tardes batendo papo com a Simoni ou com a Denise ou com a Adriana, sem relacionar que computador significa pesquisa em bases de dados, impressão de teses para serem lidas na madrugada, preparação de aulas, porque em momentos de briga, o MSN ou blog sempre são lembrados como momentos de lazer.
Mas ele compreensivo como é, claro ele sabe que tenho uma rotina pesada, ele reconhece, então ele vai me ajudar, deita com a Mel na cama, libera um docinho que eu havia proibido, liga a televisão pra assistir o jornal e acaba liberando um desenho, que maldade tem. Esquece que eu vou passar o resto da tarde falando não pra televisão, que discovery kids só a partir das 18:30, mas tudo bem, ele vai fazê-la dormir, assim terei mais tempo. O problema que dorminhoco como é, dorme primeiro que ela e ela levanta e vem ficar comigo e to de novo, sozinha com as duas. Ele levanta, vai embora, promete chegar cedo, mas lembra que tem churrasco hoje na empresa, vai chegar tarde, vai fazer o possivel pra não demorar.
Durante umas duas ou tres horas fico no computador, enquanto Mel fica me chamando a cada 5 minutos e de tanto grita Nina acorda e é hora de dar banho, frutinha, dar café pra Mel, tentar comer alguma coisa, sim, com Ninoca gritando no cadeirão.
Estou sozinha no meio do turbilhão, ter duas crianças é muito complicado, quando uma está quieta a outra ta dando trabalho. Maes de dois sabem o que eu estou falando, é incrivel e inacreditavel quando a maior dorme, num piscar de olhos a outra acorda ou vice -versa , não tenho empregada, nem babá pra me ajudar, conto com os meus pais, ou familiares do Ricardo que ficam com elas sempre que podem.
Todos me cobram, todos de todos os lados. Outro dia fui levar a Nina ao pediatra, um especialista em alergia, constamos que Nina é alérgica, no ultimo grau, basta uma coberta, um pozinho a mais, e no outro dia tá encatarrada, numa tosse que não passa, resfriados de repetição desde fevereiro, e o médico me entrevistando perguntando sobre as meninas, sobre vacinas. Disse que havia esquecido de dar a segunda dose da vacina contra Rota Virus na Nina, que naõ iria dar todas as doses de Prevenar, como demos na Mel e blá, blá, blá ele vira e me pergunta com o maior tom acusador/ironico "nossa, porque tanta diferença entre uma e outra, me parece que vc cuidava bem melhor da primeira" corno, fdp, ele por acaso conhece a minha vida.
Sabe como é né dr, nasci mulher olha que coisa, carrego o mundo nas costas, toco uma casa, um trabalho fora e dentro de casa , um mestrado, duas crianças, cuido da agenda do marido, das contas da casa, da agenda médica, do supermercado, fico aqui esperando o senhor chegar uma hora depois do horario marcado e ainda o senhor me pergunta porque eu esqueci de dar a segunda dose de uma vacina?
Fico pensando... que diabo de direitos iguais são esses? Quando conseguiremos essa igualdade?
As vezes entro em umas de brigar com meu marido, xingo de folgado, estabeleço divisões, juro que vou largar tudo, mas não é ele em si que não colabora, ele tem culpa claro, porque poderia modificar essa situação, mas ele foi criado assim é toda uma cultura, uma sociedade.
No final do dia - ja perdi a noção de quando meu dia termina e começa a noite ou inicia a madrugada - eu olho ou paro pra pensar, que me sinto diante de um muro, que para finalmente não ter tantas responsabilidades e definitivamente ter direitos iguais, tenho que escalar um muro de 5 metros, lembro da minha rotina e me vejo paradinha olhando pra cima, pro tamanho do muro que me separa da tão sonhada iguadade. Tô tão cansada, com as mãos, pés, cotovelos, cabeça, ombros, costas ocupadas, olho pro muro estou embaixo dele, vou começar a escalar, mas Nina chora, Mel me chama, ouço algumas falas ditas no meio de algumas brigas "quer igualdade, procura outro porque vc naõ casou som um sociologo, contrata uma empregada, quer que eu pare de trabalhar pra fazer o que vc não tá dando conta, se for pra ser assim é melhor vc largar seu trabalho, fecha essa janela que eu quero pelo menos manter minha dignidade e não deixar meu vizinho ver que eu varro a casa".
Viro as costas para o muro, penso mesmo que sou cidadã de segunda classe, o segundo sexo e me reduzo a minha relés condição de mulher, tentando me manter em um mundo machista, tentando garantir direitos, tentando ter sanidade mental, valorizar o que deve ser valorizado, pensando que um dia vou lutar realmente pela mudança, propor maiores discussões, não entre as mulheres que nós já sabemos muito bem o que queremos, mas entre os homens sim entre eles, ou na educação deles, que pra mim o x da questão é esse, nós educamos esses homens machistas. Acho que por isso durante tanto tempo desejei ter dois meninos pra poder educá-los do meu jeito, se bem que ouvi,várias vezes se educasse do meu jeito eles virariam bichas. ai ai
Um dia esse mundo vai mudar? ou Me diz, me diz, pra onde é que a gente vai fugir?
* e como sou um ser inconstante, hoje penso assim, amanhã pode ser que tenha um bela noite de sono e encare tudo de forma bem legal, olhando o lado cheio do copo e valorizando o fato de poder estar em casa, com as minhas filhotas e ter um marido lindo que me apoia e me valoriza"
Joguei a toalha, to contratando uma empregada. Lutei até o final, queria que "ele" dividisse tarefas, assumisse de verdade algumas, e pudessemos guardar esse dinheiro, investir na educação da mel, em viagens pra nós dois, em carros melhores, enfim... em mil e uma outras coisas. Mas não, pela minha saúde, pela saúde do meu casamento que ele pode ser machista, mas é o melhor pai do mundo e o homem que eu amo loucamente, segunda feira se Deus quiser começa alguém aqui.
Depois de mais de um mês procurando, torçam por mim, porque como diria minha avó Elza "to contando com o ovo no c. da galinha" ou meu pai que é uma pessoa que detesta palavrões ou como ele diz palavras de baixo calão " eu estou colocando o carro na frente dos bois" a questão é que ela vem amanhã fazer uma entrevista e eu já estou contando que na segunda feira ela começa.
Ah e outra coisa, minha mãe me disse pra não contar tudo o que ela terá que fazer, se não ela desiste.
Tem noção, que ela tá com toda a razão? Ricardo falou para deixarmos a casa bem arrumada, porque se não ela vai assustar, com a quantidade de livros, brinquedos e mamadeiras jogadas pela casa.
E como eu estou num azedume só, como vi lá no blog da Reca "um blog se alimenta de seus comentários" vamo lá mulherada, vamos falar mau dessa nossa rotina estressante, dividam comigo suas agruras, não sou psicologa, mas to querendo ouvir.
Porque até do blog estou desanimada, o movimento de comentários anda tão fraquinho. snif snif, até minhas amigas fiéis me abandonaram.

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Por Mamãe Fabiana às 13:12 | | 1 Aqui também pode!



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